- Priscila Bonato Galhardo
- 11 de fev.
- 3 min de leitura
Atualizado: 18 de fev.
Como está sua autopercepção?

As representações de si, a autoestima e o autorrespeito são conceitos fundamentais para a construção da identidade e do bem-estar psicológico. Cada um desses elementos desempenha um papel essencial na forma como os indivíduos se percebem, interagem com os outros e enfrentam desafios ao longo da vida.
As representações de si referem-se às imagens e concepções que cada pessoa constrói sobre si mesma ao longo do tempo. Essas representações são moldadas por experiências pessoais, feedbacks recebidos de outras pessoas e pelos padrões culturais e sociais que influenciam a percepção individual. Assim, a maneira como alguém se vê pode afetar diretamente suas emoções, comportamentos e expectativas em relação ao futuro. Uma autoimagem distorcida pode gerar insegurança e autossabotagem, enquanto uma autoimagem equilibrada promove confiança e autoconhecimento.
A autoestima pode ser definida como a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma. Essa avaliação é influenciada por experiências de vida, interações sociais e crenças internalizadas sobre o próprio valor. Indivíduos com alta autoestima tendem a possuir uma visão mais positiva de suas capacidades e merecimento, o que os torna mais resilientes diante das adversidades. Já aqueles com baixa autoestima podem enfrentar dificuldades na tomada de decisões e no estabelecimento de relações saudáveis, pois frequentemente duvidam do próprio valor e competência.
O autorrespeito, por sua vez, está relacionado à maneira como uma pessoa se trata e se valoriza independentemente da opinião dos outros. É uma forma de experienciar a autoestima baseada em valores morais. Ele implica reconhecer os próprios limites, estabelecer e manter padrões saudáveis de comportamento e não se sujeitar a situações que comprometam sua dignidade, seus valores e bem-estar. O autorrespeito é essencial para relações interpessoais saudáveis, pois indivíduos que se respeitam tendem a exigir respeito dos outros e a não tolerar abusos ou desvalorização. Isto acontece justamente por considerar o respeito como um valor moral inegociável.
A relação entre representações de si, autoestima e autorrespeito é dinâmica e interdependente. Representações de si positivas pressupõe melhor autoestima, que, por sua vez, favorece a prática do autorrespeito. Da mesma forma, cultivar o autorrespeito pode ajudar a melhorar a autoestima e a construir uma autoimagem mais realista e equilibrada.
Motivos de autoestima e autorrespeito baixos
Experiências de rejeição ou críticas constantes – Comentários negativos, rejeições frequentes ou críticas destrutivas podem afetar a percepção de valor próprio.
Comparação excessiva com os outros – Em um mundo conectado pelas redes sociais, muitas pessoas comparam suas vidas com versões idealizadas da vida alheia, o que pode gerar insatisfação e sentimento de inferioridade.
Traumas e experiências negativas – Situações como abuso emocional, físico ou psicológico podem enfraquecer a autoestima e comprometer a visão de si mesmo.
Fracassos ou dificuldades recorrentes – Insucessos acadêmicos, profissionais ou pessoais podem gerar dúvidas sobre as próprias capacidades, impactando a confiança e o respeito por si mesmo.
Relacionamentos tóxicos – Estar cercado de pessoas que desvalorizam, manipulam ou menosprezam constantemente pode minar o autorrespeito.
Pressões sociais e culturais – Padrões inatingíveis de beleza, sucesso ou comportamento podem fazer com que as pessoas sintam que nunca são boas o suficiente.
Perfeccionismo extremo – Ter padrões irreais para si mesmo pode gerar frustração constante e sentimento de inadequação.
Falta de autocuidado – Negligenciar necessidades básicas, como descanso, lazer e alimentação saudável, pode impactar negativamente a autoestima.
Baixa valorização pessoal – Crescer em um ambiente que não reforça positivamente as qualidades e conquistas pode fazer com que uma pessoa não enxergue seu próprio valor.
Problemas de saúde mental – Condições como depressão, ansiedade e transtornos de imagem corporal podem afetar a maneira como uma pessoa se vê e se trata.
O que fazer?

Para desenvolver esses aspectos, é essencial investir no autoconhecimento, no processo psicoterapêutico, buscar apoio emocional e adotar práticas que promovam o bem-estar psicológico. O fortalecimento das representações de si, da autoestima e do autorrespeito contribui significativamente para uma vida mais plena, saudável e satisfatória.
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